Investir em empresas globais ficou mais simples com os BDRs, uma ponte entre o investidor brasileiro e as maiores empresas do mundo. Neste guia completo, você encontrará inspiração, dados e orientações práticas para diversificar sua carteira de forma estratégica.
Os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) são certificados negociados na B3 que representam ações de companhias estrangeiras. Eles permitem ao investidor acessar ativos internacionais sem a necessidade de abrir conta no exterior ou enfrentar barreiras cambiais.
Cada BDR é lastreado em ativos emitidos fora do Brasil, como ações da Amazon (AMZO34), Google (GOGL34) e Meta (FBOK34). Ao adquirir um BDR, você passa a deter direitos econômicos atrelados ao ativo original, incluindo variação cambial e valor de mercado.
O interesse pelos BDRs cresceu de forma acelerada. Em 2025, mais de 1 milhão de investidores já aplicam nesses certificados, movimentando R$ 50,5 bilhões. A oferta inclui mais de 1.090 opções, sendo aproximadamente 830 não patrocinados e 260 ETFs vinculados a índices internacionais.
Esse crescimento reflete o desejo de diversificação e exposição a mercados globais, potencializado pela digitalização das plataformas e pela facilidade de acesso a informações.
Os BDRs de níveis superiores exigem divulgação de relatórios financeiros e atendimento a normas internacionais, conferindo maior transparência aos investidores.
Investir em BDRs traz benefícios únicos para quem busca fortalecer o portfólio. Entre as principais vantagens, destacam-se:
Exposição à economia global sem complicações cambiais, permitindo acompanhar setores em expansão como tecnologia, saúde e e-commerce. Sem precisar lidar diretamente com processos de abertura de conta no exterior, o investidor ganha tempo e simplicidade.
A possibilidade de investir em empresas mundialmente reconhecidas amplia o leque de ativos disponíveis no Brasil. Gigantes como Apple e Microsoft tornam-se acessíveis com poucos cliques na sua corretora local.
Para o próximo ciclo, as expectativas são ainda mais otimistas. Prevê-se que o volume de negócios em BDRs aumente, impulsionado pela popularização dos investimentos e pela educação financeira. Setores como tecnologia, saúde, finanças e e-commerce devem liderar as escolhas dos investidores.
A globalização do mercado financeiro brasileiro e a redução de burocracias poderão atrair ainda mais pessoas físicas. Novas ferramentas digitais e conteúdos educativos devem tornar esse universo acessível a todos.
Ao investir em BDRs, é fundamental compreender as regras tributárias para evitar surpresas na hora de declarar o Imposto de Renda. Quem comprou mais de R$ 1.000 em BDRs em 2024 precisa declará-los em 2025, mesmo sem ter realizado vendas.
Os dividendos recebidos via BDR devem constar em “Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Jurídica”. Além disso, lucros com venda estão sujeitos a tributação:
Ao contrário das ações brasileiras, não há isenção para vendas abaixo de R$ 20 mil. Caso haja retenção de imposto no exterior sobre dividendos, o valor pago pode ser compensado na declaração no Brasil.
Para manter tudo em ordem, guarde notas de corretagem e extratos das operações. Esse cuidado garante precisão e evita problemas com a Receita Federal.
O processo é intuitivo: a maioria das corretoras oferece tutoriais e suporte para quem está começando.
Cada um desses BDRs representa uma oportunidade única de participar do crescimento global e equilibrar riscos em seu portfólio.
Antes de investir, avalie o perfil de risco e a volatilidade dos ativos. Embora a diversificação ofereça proteção, os mercados internacionais também podem apresentar oscilações bruscas.
Fique atento às mudanças regulamentares da CVM, que em 2023 modernizou as regras para emissão de BDRs, tornando o processo mais claro e acessível.
Por fim, mantenha-se atualizado sobre as principais notícias globais e analise relatórios de empresas para embasar suas decisões.
Com planejamento, estudo e disciplina, os BDRs podem ser a chave para ampliar horizontes e diversificar investimentos de forma eficiente.
Referências